Conhece aquela frase que diz as “pessoas fazem negócios com pessoas e não com empresas”? Tem sido crescente o número de empresas cujos gestores e empreendedores que validam isso. Para prová-lo está o facto de aparesentares mais seguidores nas redes sociais do que as suas marcas corporativas. Deste modo, eles acabam por usar as suas marcas pessoais para fortalecer as  empresas que lideram e atrair mais clientes. São exemplos disso, os empreendedores: 

• Gary Vaynerchuck (Vayner Media);
• Tory Burch (Tory Sport);
• Richard Branson (Virgin)
• Arianna Huffington (Thrive Global) ou
• John Legere (T-Mobile)

Isto mostra que, os empreendedores podem se beneficiar dos serviços de Personal Branding para conseguir resultados extraordinários através da sua marca pessoal. Conseguindo gerir estrategicamente as suas marcas pessoais e comunicar com o seu público-alvo de forma autêntica, efectiva e emocional conseguem facilmente alavancaros seus negócios, graças à sua credibilidade, visibilidade, imagem e sua boa reputação.  

 

Afinal, o que é que está a mudar?

Na era da tecnologia em que vivemos os hábitos de consumo tem mudado. Actualmente, os consumidores antes de adquirir produtos e serviços, pesquisam online e offline a procura por marcas e serviços de referência, que lhes  inspiram confiança e partilham valores e visão. 

Paralelamente a isso, nos processos selectivos os critérios para definir se um indivíduo tem ou não o perfil adequado para se juntar a um projecto ou organização, já não são unicamente baseados nas habilidades técnicas. Hoje em dia, também as suas habilidades comportamentais e sociais contam. Nesse sentido, conta também o perfil, a  personalidade e a imagem, mas também o cumprimento de promessas, credibilidade e reputação.

Pense no seu contabilista ou no seu cabeleireiro – ou em alguém a quem pague para lhe oferecer algum serviço. Após o primeiro serviço, manteve a sua escolha somente pelas suas habilidades técnicas?

Talvez até num momento inicial tenha contacto aquela pessoa através de uma recomendação, de um amigo ou de uma avaliação online. E se decidiu continuar com aquee profissional é porque confia e se sente confortável. Possivelmente até encontra similaridades ou partilham alguns valores.

Portanto, podemos dizer, que o escolheu, porque ele oferece algo diferente dos seus concorrentes, algo que agrega valor à sua vida.

A importância da marca pessoal

Enquanto empreendedores as nossas atitudes, comportamentos, crenças, história de vida e valores são mais determinantes para a decisão dos investidores apostarem nos nossos negócios, do que muitas vezes o produto ou o serviço em si. Da mesma forma, também, será mais fácil atrair consumidores que acreditam nos mesmos valores.

A boa notícia é que podemos trabalhar nos nossos talentos, aprimorar e aprender novas habilidades, adoptar novos comportamentos e mudar de hábitos, de modo a fortalecer a nossa marca pessoal. Assim sendo, poderemos conquistar a confiança e ter um novo posicionamento no mercado, que pode nos levará ao sucesso. Ou seja podemos mudar a percepção que as pessoas tem sobre nós e conquistar, assim, um novo posicionamento de mercado. Para isso, há que apostar numa gestão correcta da nossa marca pessoal.

“Pessoas de sucesso fazem o que as pessoas mal sucedidas não querem fazer. Não queira que a vida seja mais fácil. Deseje que você seja ainda melhor.” Empreendedor e (excelente) orador norte-amenricano, Jim Rohn

Perceba, então, de que modo é que fortalecer a marca pessoal, neste caso, a sua!

 

1- Descobrir o seu propósito de vida e a sua missão no mundo

Como disse o empreendedor norte-americano e fundador da Ford Motor, Henry Ford: “O grande segredo de uma boa vida é encontrar qual é o seu destino. E realizá-lo.”  

Saber o seu propósito, o que lhe move aqui na Terra, ter clareza sobre as causas que acredita e pelo que vale a pena lutar, é importante. Desse modo, poderá direcionar os seus esforços e seguir na direcção certa. Isso vai ajudar-lhe a evitar muitas dores de cabeça, quando tiver de tomar decisões. 

Se não fizer isso, vai perder tempo e dinheiro em assuntos que não agregam valor à sua vida, nem aos seus negócios. No fundo, aqueles que conhecem bem os seus valores têm um excelente guia para tomar decisões sobre si e os seus produtos e serviços.

Logo, é essencial estabelecer objectivos e os resultados desejados com base no propósito e nos valores para saber definir a estratégia e o trajecto a seguir. Assim, será possível chegar à situação desejada, bem como estabelecer indicadores de desempenho. 

Como dizia Steve Jobs: “Decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer.”

 

2- Ser uma pessoa mais real (autêntica)

“Seja você mesmo e diga aquilo que sente, porque aqueles que se importam não interessam, e aqueles que interessam não se importam.” Dr. Seuss.

Uma marca pessoal autêntica é a chave para uma carrreira bem sucedida e ser um empreendedor de êxito. Para isso, é preciso ter acções congruentes com as suas acções, crenças e desejos, apesar das pressões externas. 

Procure ter uma percepção realísta do que está à sua volta e expresse os seus pensamentos, sentimentos e as suas emoções de forma clara e objectiva, para que consiga que lhe entendam.

Igualmente importante é respeitar as diferenças e entender que cada um é único. Somos o resultado das nossas experiências pessoais.

E assuma a responsabilidade da sua vida.

 

3- Fazer a gestão estratégica da marca pessoal

Fazer a gestão da marca pessoal permite ter foco e direcção. Assim sendo, garante que comunica o que quer de facto comunicar e tornar-se reconhecido pelos atributos que realmente lhe interessam.

A implementação de uma estratégia de gestão de marca pessoal quando bem estruturada, tornar-lhe visível aos olhos daqueles que tomam decisões. Por isso, é tão importante saber mostrar os seus pontos positivos de forma congruente com a sua identidade (as suas características pessoais únicas) e dos seus valores e visão do mundo.  

O único jeito de se diferenciar dos seus concorrentes é mostrar a melhor versão de si mesmo, evidenciando o que tem de único: a sua essência, a sua trajectória de vida e os seus valores que lhe guiam na vida e nos negócios. 

Hoje em dia, já não dá para ignorar o Personal Branding porque quer queira ou não, você já é uma marca pessoal. A diferença é que essa marca pessoal conhecida ou percebida hoje talvez seja acidental, aconteceu de forma aleatória. 

 

4- Ter autoconfiança e confiar nos outros

O desenvolvimento da autoconfiança e da marca pessoal estão interligadas pois, ambas exigem autoconhecimento. 

A autoconfiança resulta de saber quem é e de onde vem. Também é resultado da aceitação da sua identidade e herança cultural. Quando se alcança a  autoconfiança, os bons resultados nos negócios são inevitáveis.

Desenvolva a autoconfiança e transmita-a aos outros, comunicando e demonstrando que partilha os mesmos valores e crenças. Com o tempo acabará conquistando a confiança dos seus trabalhadores, sócios, parceiros, fornecedores e dos clientes.

 

5- A aplicar a regra dos 3 Cs da marca pessoal

Aplique na sua vida pessoal e nos seus negócios os três “Cs” da marca pessoal:

1. Clareza
2. Consistência e
3. Constância

Pode fazer todas as mudanças que quiser, mas enquanto não tiver uma mensagem e objectivos claros ou não for consistente com o que diz e faz, pouco valerá todo o trabalho empreendido. No final do dia, será difícil estabelecer confiança e, consequentemente, acabará por  perder clientes. As pessoas tendem a comprar marcas, serviços e produtos de pessoas que confiam.

Nesse sentido, evite também associar o seu nome a marcas, serviços e produtos que entram em choque com os seus valores e com aquilo que defende e acredita. Se prometer algo, cumpra, por mais desafiante que seja! Assim sendo, não quebre as promessas, senão corre o risco de ser conhecido  – e recordado – por essa atitude: por ser inconsistente e não confiável. E isso, isso é tudo o que uma marca pessoal forte não quer!

 

6- Dar sempre o seu melhor e entregar o que promete

Para terminar, tenha uma atitude positiva e dê o melhor de si em cada projecto que decidir se envolver.

O seu melhor não será sempre o mesmo, vai variar de momentos a momentos, horas, dias, semanas, meses. Contudo, o importante é que cada vez que fizer algo, faça-o da melhor maneira que puder naquele momento.

Deste modo, evitará futuramente frustrações, autocrítica, culpa e arrependimentos. Só esta atitude de fazer o seu melhor consegue calar aquela voz interior  que diz “podia ter feito melhor, foi culpa minha”. 

Felizmente, quase todos  sabemos quando estamos a fazer o nosso melhor e, na verdade, também os outros consguem perceber. Enquanto empreendedor, ser tido como aquela pessoa que faz o que promete e ser reconhecido como o melhor no seu ramo é uma garantia segura de boa reputação. Consequentemente isso significa também mais negócios, logo maor lucro.

 

Hora de fazer a sua análise!

Se ainda não tiver pelo menos 2 dos 5 dos hábitos aqui listados, é hora de repensar na sua marca pessoal e no seu posicionamento no mercado. Por isso, faça uma avaliação da  marca pessoal, a nível de identidade, imagem e reputação, de modo a saber como é percebido no mercado pelos seus clientes. Mas também pelos fornecedores, parceiros, funcionários, amigos, familiares e os seus concorrentes. 

O Personal Branding, enquanto processo de gestão estratégica da marca pessoal, pode ser muito útil para o fortalecimento da reputação, mas também de um negócio.

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